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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mas é claro; é Clarah!

Tenho mania de ler o profile do orkut dos outros. Tem algumas pessoas que levam essa pergunta "quem sou eu?" tão a sério, que acabam escrevendo texto belíssimos e cheios de criatividade. Para mim profiles são uma fonte de inspiração sem fim.

Hoje estava navegando no orkut, pulando de profile em profile quando parei na página de um amigo meu, onde em seu profile estava um texto enorme. Quando muitos seguiriam adiante, eu resolvi gastar uns 5 minutos pra ver se havia alguma coisa que me inspirasse naquele texto.
A medida em que ia avançando texto a dentro, fui ficando empolgado com a qualidade do mesmo e comecei a pensar "caraca, meu amigo tá escrevendo muito bem!". Mas ao chegar no final, confesso que fiquei um pouco decepcionado ao ver que texto não era dele, mas mesmo assim tratei de descobrir o(a) autor(a) daquelas linhas.
Salvo pelo Santo Wikipédia, eu encontrei um nome: Clarah Averbuck.
Um talento rebelde e espontâneo. Consumi os post mais recentes do blog dela em questão de minutos. De repente todo aquele sentimento de estranhamento que eu vinha sentindo essa semana toda foi embora. É bom quando a gente acha algo que renova as suas idéias, que refresca a rotina, né?!

Recomendo a todos Adios Lounge, seu blog. E pra quem ficou curioso pra saber que texto eu li, eu postei ele nesse box aí embaixo.

Amor e Paz pra todos!

Culhão.
Homem tem que ter culhão. Não aquela macheza de lutador de vale-tudo, nada disso. Isso aí de força física qualquer mané tem, aliás,
força física é coisa de mané.

Eu estou falando de culhão, bolas.

Culhão de gostar de mulher forte e não fugir dizendo que prefere uma mulherzinha. De assumir um compromisso e não ficar se refugiando nos braços de umas putinhas de carne firme e bunda empinada quando a coisa apertar, só para se sentir macho. Culhão de botar filho no mundo e cuidar, e agüentar a mulher histérica na gravidez, e agüentar ver o parto sem desmaiar. E ainda ter tesão depois.

Culhão de admitir quando está errado.

De bater o pé quando está certo.

De encarar a vida e não se acomodar pra deixar o sangue esfriar. De chorar quando sentir vontade, porque chorar é coisa pra macho. De se emocionar com algo mais que futebol. De mandar tudo às favas às vezes e se mandar pra se encontrar. Culhão de ir embora quando as coisas são irreparáveis em vez de sentar a bunda no sofá e esperar uma intervenção divina. De tentar consertar tudo quando vale a pena.

Culhão de viver as coisas mesmo sabendo que pode se dar mal no fim. Mesmo tendo certeza que vai se dar mal no fim. A vida não tem anestesia e anda de mãos dadas com a dor.

De não rir de piadas sem graça pra agradar. De assumir o que gosta e o que não gosta mesmo que vire motivo de chacota.

De ser absolutamente devotado a algo, música ou uma mulher, sem ter pudores ou se importar com o resto do mundo.

Culhão de ir atrás dos sonhos, por mais bestas e utópicos que pareçam. E conseguir realizá-los e calar a boca de todo mundo.

De se vestir como bem entender.

De tomar uns porres e dar uns vexames e fazer de novo depois.

De pedir colinho quando precisar em vez de ficar se fazendo de fortão.

De resistir às tentações da carne, porque a carne é fraca, mas a cabeça não pode ser.

De se jogar quando o abismo chama.

Culhão de trocar o certo pelo duvidoso sem pestanejar quando tem que ser feito, porque tem que ser feito.

De não fingir.

De falar em vez de ficar se esquivando. De não sumir e encarar as coisas quando devem ser encaradas.

Acho que é isso. Culhão. Você tem culhão? Espero que você tenha. Ou que seu homem tenha. Ou aprenda a ter. Se bem que isso não se aprende, é inerente.
Ou você tem, ou você não tem. Espero que você tenha.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adoreiii o texto! inteligente, critico, real e de muito bom humor!

vou pegar emprestado e colocar no meu info essa semana!

bjks!
Ériquinha

Anônimo disse...

imparato molto