Mais uma vez o grande jazzista John Pizzarelli está no Brasil para uma turnê. Com um repertório especialmente escolhido para esta ocasião, Pizzarelli diz querer homenagear ao mesmo tempo os 50 anos da Bossa Nova e os 10 anos da morte de Frank Sinatra.
Sou um admirador do trabalho do John Pizzarelli e igualmente de Frank Sinatra, mas realmente fiquei sem entender a dupla comemoração porque até onde eu sei, o Sinatra não se bicava muito com a Bossa Nova.
O jazz foi um fenomeno musical que conquistou os Estados Unidos, mas Sinatra teve que assistir sua música perder espaço nos holofotes para um outro fenomeno que conquistava o mundo todo; originado do próprio jazz, a Bossa Nova.
Sinatra se sentiu tão intimidado que quando a Bossa Nova encontrou "o famoso Frank Sinatra", ele simplesmente não permitiu que o nosso gênio Tom Jobim tocasse o instrumento em que era mais fluente, o piano. Usar o piano, o principal instrumento do jazz, foi visto como uma afronta e um golpe duro para o estilo que já perdia espaço na época. Só aceitou se apresentar ao lado de Tom Jobim se o mesmo tocasse violão (mesmo assim Tom fez estrago numa brilhante apresentação).
Por essa razão não entendo John Pizzarelli. O que ele está querendo comemorar? O fato da Bossa Nova ter superado seu próprio estilo musical ou o jeito infantil e cretino do americano de manter seus impérios a todo o custo?
sábado, 10 de maio de 2008
Frank Sinatra versus Bossa Nova
Postado por
PH
às
16:13
Marcadores: bossa nova, Frank Sinatra, jazz, John Pizzarelli, revoltas
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